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Eu sou mais um no meio dessa multidao chamada babilonia visando compreender sempre os seres humanos com seus comportamentos imprevisiveis... QUERO TROCAR IDEIAS SOBRE ARTES, MUSICA, POSITIVISMO, FISICA ENERGETICA MUNDANA, ESPORTES E NATUREZA.

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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Conquistando a qualidade de vida na prática: Uma questão de equilíbrio


Quando pensamos em Qualidade de Vida o que nos vem em mente é a tranqüilidade, o bem estar e a saúde. É a idéia de que nossas necessidades físicas e mentais estejam satisfeitas de forma equilibrada com um bom ambiente externo. Talvez uma bela paisagem. Para verificar se estamos indo na direção certa, é interessante começar conhecendo o lado oposto da moeda: os inimigos de nosso bem estar.

Estão entre as principais causas de perda de saúde ou mesmo morte, em primeiro lugar os problemas conseqüentes ao tabagismo. O cigarro é hoje o maior causador de problemas de saúde e mortes evitáveis. A seguir o sedentarismo e a obesidade, reflexos das “facilidades” do mundo moderno, e da má alimentação. Em terceiro lugar vemos as conseqüências do abuso de álcool.

A verdade é que a maior parte da nossa saúde é resultado de nossos comportamentos, nossas escolhas, portanto está em nossas mãos. O Estresse é ao mesmo tempo causa e efeito da nossa perda de saúde. Vem com a exaustão de mecanismos que nosso corpo e mente utilizam para enfrentar a luta natural, mas muitas vezes agressiva, do nosso dia-a-dia. Longas jornadas de trabalho, pouco descanso, trânsito, preocupações com problemas profissionais ou familiares, doenças na família, perdas, fazem parte de momentos da vida, ou muitas vezes prolongam sua presença cronicamente. Nosso corpo e mente tentam se organizar para sobreviver a esse ambiente externo e interno ameaçador e aversivo, mas nem sempre colaboramos para seu equilíbrio. Como em um reflexo de proteção de nossa sobrevivência, respondemos a qualquer pequena mudança no ambiente. Lidar com problemas por exemplo, aciona a tensão muscular que se acumula ao longo de um dia, uma semana, um mês lidando com problemas.

Equilíbrio seria possível se tivéssemos peso suficiente no outro lado da balança para contrabalançar o peso dos estressores e permitíssemos assim, a volta a calma, a renovação suficiente para a batalha do dia seguinte. Mas não é o que costuma acontecer.

Quando damos algum descanso ao nosso organismo? Quando há silêncio e calma em nosso dia? Nos permitimos no máximo aquele famoso “descanso”comendo na frente da televisão, enquanto vemos e ouvimos notícias de uma desgraça, de algo relacionado a trabalho, com o celular que pode tocar ao nosso lado, e que produz um ambiente de irregularidade e novidade constante. Nosso organismo reage a isso sem atingir um descanso real. O acúmulo e sobrecarga dessas tensões físicas e mentais é o que nos conduz ao estado que classificamos como estresse.

Nos momentos iniciais do estresse a ansiedade toma a frente nessa luta nos deixando mais despertos e na postura de ataque e defesa para o enfrentamento do que nos agride. Nesse momento se observam sintomas como a dificuldade de atenção, a irritabilidade e o sono prejudicado. Nosso pensamento privilegia os aspectos negativos e tudo passa a parecer mais difícil e ameaçador. Independente do tamanho, ou mesmo da presença da ameaça, estamos sempre prontos para atacar, defender ou fugir.

A seguir a guerra sem tréguas começa a estabelecer um desequilíbrio e buscamos suportes, e soluções aparentemente fáceis. A pessoa estressada passa a fumar mais, a usar mais medicações, beber mais café, comer mais, de preferência doces e carboidratos, e a ingerir bebidas alcoólicas com maior freqüência e em maiores quantidades. Essas tentativas são um retrato de um repertório empobrecido e predominantemente oral. Acontece que o cigarro, por exemplo, apesar de se apresentar ao cérebro como um calmante, não melhora a ansiedade, pelo contrário, invade o corpo com milhares de toxinas, aumenta a pressão arterial pondo o corpo em um estado de emergência e constante necessidade, o que produz um estado ainda mais ansioso. O café não é resposta para o cansaço ou para uma noite mal dormida. Não permite o descanso e não oferece energia. O antidepressivo não resolve os problemas, que se acumulam e são tratados sempre pela mesma perspectiva negativa.

Como esses elementos que buscamos para reequilibrar não respondem de forma eficiente as nossas necessidades, nosso organismo passa para um terceiro momento, em que decide que vai nos tirar de circulação, afastando-nos desse ambiente e situação aversivos. Essa estratégia se inicia pelo cansaço, e segue com um repertório que vai da dor de cabeça ao ataque cardíaco. Abrimos entrada para doenças oportunistas e nossa libido (não só como energia sexual, mas como capacidade de conexão e investimento na vida) passa a se recolher, o que pode nos levar à Depressão. Podemos entender isso não como uma ação do corpo contra nós, mas sim como resultado de nosso desrespeito com ele e sua tentativa de se equilibrar por si mesmo.

Entre os elementos para a real reorganização, e controle do estresse, alguns se destacam: a atividade física, o relaxamento, o sono, a boa alimentação e o equilíbrio psicológico. A atividade física além de ser relaxante por oferecer um momento oficialmente desligado do trabalho e dos compromissos, treina o corpo e a mente para lidar com o estresse. O corpo aumenta seu limiar para suportar as tensões. Está em uso e desenvolvimento o mesmo sistema que atuará na resposta ao estresse.

Já as atividades de relaxamento tem a função de potencializar o descanso, que muitas vezes é pouco e insuficiente para recuperar o equilíbrio. É um momento reservado e protegido no qual podemos realmente desativar os mecanismos de luta que ficaram ativos por tanto tempo. Assim, uma massagem, por exemplo vale muito mais para o relaxamento do que ficar em casa na frente da televisão. O sono, momento de profunda renovação estará protegido e impulsionado em sua profundidade pelo relaxamento.

Uma alimentação organizada e nutricionalmente adequada de forma individualizada também servirá para oferecer a energia para nossas batalhas. Não na base das dietas extraordinárias com receitas prontas, que desrespeitam nossas necessidades reais e nos predispõe ao famoso efeito sanfona.

O equilíbrio psicológico virá como conseqüência com a diminuição da visão distorcida pelo estresse, mas também deverá conduzir o processo de reequilíbrio. Como se diz: Não é a toa que a cabeça vem encima. A psicoterapia é um instrumento feito para potencializar o auto-conhecimento e as mudanças emocionais e de comportamento. A análise de nossas questões pessoais com o terapeuta, isento delas, traz novas e mais interessantes perspectivas para encaminhar a resolução dos problemas, e uma vida melhor e mais feliz.

Muitas vezes a vida automática não nos permite realmente implementar essas mudanças e nossa rotina nos pega pelas canelas. Por isso é importante uma parada para a reflexão. Aproveite esse momento e inicie agora. A idéia é avaliar, o que meu corpo e minha mente me pedem agora? Como estou respondendo a essa demanda? Como anda meu repertório de relaxamento e prazer? E quando tenho feito uso dele? O clube, a atividade física, o relaxamento, o comer com qualidade. Todos são elementos de Investimento na saúde, qualidade de vida e capacidade de trabalho.Vale a pena parar para pensar nisso.

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