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Eu sou mais um no meio dessa multidao chamada babilonia visando compreender sempre os seres humanos com seus comportamentos imprevisiveis... QUERO TROCAR IDEIAS SOBRE ARTES, MUSICA, POSITIVISMO, FISICA ENERGETICA MUNDANA, ESPORTES E NATUREZA.

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terça-feira, 18 de maio de 2010

Natureza Urbana e sua importância nesse século.


O mundo que nós vivemos é o mundo que nós criamos. Tudo o que vemos nas cidades resultam da mente humana e de suas concepções, anseios e compreensão da realidade. Refletem acima de tudo, a visão da comunidade em relação à natureza, na medida que incluem ou não elementos naturais no ambiente urbano. Para que ocorra uma real inclusão da natureza nesses espaços criados e dominados exclusivamente pela espécie humana, é necessário uma conscientização sobre a função da natureza como um elemento indispensável para o bem-estar publico.


No Brasil, o foco dos governos brasileiros após a segunda guerra e até o período militar, foi sempre o desenvolvimento. Queria-se um país industrializado. Grandes obras foram feitas, criou-se grandes empresas, e a natureza foi cedendo espaço para criação de estradas e de toda infra-estrutura necessária para escoltar esse desenvolvimento industrial. O governo em busca de investidores internacionais não negava esforços em atrair multinacionais altamente poluidoras para o território nacional. A natureza era tida como um recurso a ser explorado e transformado em bem de consumo. Sem valor por si só.


Apesar do surgimento na década de 1970 de grupos ambientalistas nas regiões sul e sudeste do Brasil e da realização da conferência de Estocolmo na Suécia (primeira conferência da ONU envolvendo a temática ambiental), o desinteresse pelo meio ambiente no Brasil predominava. Esse desinteresse da comunidade pelo meio ambiente talvez possa ser explicado pela recente repressão vivida no Brasil durante o regime militar.


Na década de 80 dois fatos foram relevantes para a implantação, nas estâncias federal, estadual e municipal da Política Nacional do Meio Ambiente. O primeiro fato pode ser atribuido a percepção da comunidade dos impactos ambientais causados pelas obras realizadas durante a expansão industrial ocorrida no período militar. E a segunda causa, pode ser atribuida a forte pressão realizada por orgãos internacionais que começavam a exigir dos países emergentes, uma maior consideração sobre impactos ambientais para liberação de recursos para programas de desenvolvimento.


Em 1985, contrariando parte significativa dos ambientalistas do período, iniciou-se um debate afim de se criar um Partido Verde para uma representação político-partidária do movimento social. O partido foi criado e permaneceu ativo e quase sem relevância até 1990, quando seu registro provisório foi recusado pela justiça eleitoral. Os membros do PV continuaram trabalhando por meio de outros partidos até que conseguiram em 1993 o registro definitivo do partido, que existe até hoje.


No fim desse período, ocorreu uma significativa abertura do ambientalismo brasileiro para os problemas econômicos e sociais. Essas aberturas podem ser atribuidas principalmente a visibilidade internacional dos problemas ambientais brasileiros, como às queimadas da região da Amazônia, ao assassinato de Chico Mendes, ao relatório "Nosso Futuro Comum" da comissão de Brundtland, que criou o termo desenvolvimento sustentável e estabeleceu uma relação entre meio ambiente e a economia. Esse relatório indicou a pobreza nos países do sul e o consumismo extremo dos países do norte como as causas fundamentais da insustentabilidade do desenvolvimento e das crises ambientais. A comissão recomendou a convocação de uma conferência sobre esses temas. E finalmente o governo decidiu sediar a Conferências das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), que estimulou o movimento ambientalista e o interesse pelo desenvolvimento sustentável.


Em 1992, no Rio de Janeiro, representantes de quase todos os países do mundo reuniram-se para decidir que medidas tomar para conseguir diminuir a degradação ambiental e garantir a existência de outras gerações. A intenção, nesse encontro, era introduzir a idéia do desenvolvimento sustentável, um modelo de crescimento econômico menos consumista e mais adequado ao equilíbrio ecológico. A CNUMAD ficou mais conhecida como ECO-92 ou Rio-92.


Um dos frutos mais importantes dessa conferência foi a Agenda 21, um programa de ação, baseado num documento de 40 capítulos, que constitui a mais ousada e abrangente tentativa já realizada de promover, em escala mundial, um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Esse documento foi criado com a contribuição de governos e instituições da sociedade civil de 179 países.

Todos esses acontecimentos ao longo da história, têm dispertado um maior interesse da comunidade para a natureza como um elemento indispensável e um legado para o futuro. Assim sendo, a arborização urbana é essencial a qualquer planejamento urbano e tem funções importantíssimas como: propiciar sombra, purificar o ar, atrair aves, diminuir a poluição sonora, constituir fator estético e paisagístico, diminuir o impacto das chuvas, contribuir para o balanço hídrico, valorizar a qualidade de vida local, assim como economicamente as propriedades ao entorno.


Além disso é fator educacional. Funções estas também presentes nos parques e praças. Podendo inclusive, constituírem em muitos casos em redutos de espécies da fauna e flora local, até com espécies ameaçadas de extinção, as árvores e áreas verdes urbanas tornam-se espaços territoriais importantíssimos em termos preservacionistas, o que aumenta ainda mais sua importância para a coletividade, agregando-se aí também o fator ecológico.

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