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Eu sou mais um no meio dessa multidao chamada babilonia visando compreender sempre os seres humanos com seus comportamentos imprevisiveis... QUERO TROCAR IDEIAS SOBRE ARTES, MUSICA, POSITIVISMO, FISICA ENERGETICA MUNDANA, ESPORTES E NATUREZA.

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sexta-feira, 5 de março de 2010

As empresas precisam analisar os candidatos não seus currículos

Ao longo de minha trajetória profissional tenho observado os vários meios para avaliar o perfil profissional das pessoas, estes podem ser sintetizados em análise do currículo, aplicação de perfil comportamental, entrevistas e consulta de informações junto aos ex-empregadores.

Os meios mais tradicionais são: análise do currículo, entrevistas e consulta junto aos ex-empregadores. Vamos nos concentrar no “método inovador” – perfil comportamental, seja por ter tido sua utilização ampliada nos últimos tempos, fruto da proibição de aplicação de testes psicológicos ou por comprovar nesta última década sua eficácia e se valer de aval científico quando comparado a outros métodos.

A maioria das “ferramentas” de aplicação de perfil comportamental busca identificar quatro fatores ou forças que impulsionam o comportamento do indivíduo, ou seja, para determinar o perfil comportamental da pessoa ou do cargo, normalmente, são tomados como base 4 fatores que são analisados separadamente e de forma combinada:

- Dominância
Característica observada: despretensioso e não egoísta ou pró-ativo e assertivo.

- Comunicação
Característica observada: reservado e introspectivo ou extrovertido e sociável.

- Sentido de Urgência
Característica observada: rápido e intenso ou paciente e relaxado.

Formalidade
Característica observada: informalidade e independente ou formal e segue regras.

Em algumas ferramentas disponíveis no mercado, estes nomes sofrem variação, mas basicamente medem os mesmos impulsos.

Cada fator é um impulso para um determinado comportamento, cada fator é uma força dinâmica que será expressada em uma atividade. Com base nestes métodos, o perfil comportamental (e a personalidade) é composto pelos quatro fatores acima descritos, sendo que é preciso considerá-los juntos e integrados. Esses impulsos influenciam e modificam uns aos outros, produzindo informações que são mais abrangentes e precisas, que de fato determinam um perfil comportamental.

É muito importante frisar, para que não haja dúvida, que para estes métodos não existe perfil bom ou ruim, existe perfil adequado ou inadequado para uma determinada atividade profissional.

Esses métodos ajudam e muito o processo de seleção de pessoas, uma vez que estes em geral são realizados tomando-se por base dois fatores muito conhecidos, são eles o conhecimento e a experiência do profissional.

E é por este motivo que muitas pessoas, independente da formação profissional, consideram-se aptas a realizar a atividade de recrutar e selecionar pessoas, pois como sabemos o conhecimento pode ser medido razoavelmente por meio de testes específicos e aplicação de provas e a experiência pode ser avaliada pela trajetória profissional – por meio da análise do currículo vitae e da checagem de referências.

Não é por acaso que muitas pessoas se sentem confortáveis em realizar processos de seleção, mesmo quando não foram preparadas para tanto, e isso se explica pois estes dois fatores podem ser avaliados de forma consistente por uma pessoa mais atenta e que tenha bom nível de maturidade.

Mas – sempre há um “mas” - é esta crença que faz com que empresas e pessoas cometam grandes erros ao contratar pessoas.

Então vejamos, sabemos que existem pessoas que fazem a diferença e pessoas que com as mesmas condições de conhecimento e experiência, não são comparáveis em termos de capacidade e produtividade.
Em vários momentos, dentro e fora da empresa, podemos observar situações como esta, por este motivo não é prudente afirmar que cursar uma determinada universidade ou ter uma determinada experiência podem estabelecer padrões de sucesso ou de insucesso de um profissional.

A pergunta agora fica mais contundente, pois se isto é uma verdade, então onde está a diferença?

A resposta é simples e ao mesmo tempo complexa, muitos processos de seleção falham porque os responsáveis por estas atividades nas empresas não avaliam o fator mais importante a ser medido em um processo de recrutar e selecionar pessoas, que é o fator comportamental, ou seja, o principal é saber que tipo de dinâmica comportamental se espera de uma pessoa para que ela através de seus conhecimentos e experiências alcance os resultados esperados para uma função.

O que é na verdade perfil comportamental?

Trata-se de uma metodologia para avaliar qual o comportamento de uma pessoa ou qual o comportamento desejado para uma função e tem por objetivo medir e descrever o comportamento.
Uma das finalidades principais da apuração de perfil comportamental é ajudar a empresa a atingir seus objetivos “com e por meio das pessoas”, identificando o que cada uma delas pode dar de melhor dentro de sua aptidão.

Através da adoção desta nova abordagem é possível afirmar se alguém é minimamente qualificado para uma função específica, e isso é como sair do tempo das cavernas para a modernidade, pois colocar a pessoa certa no lugar certo resulta em produtividade.

Como? A pessoa que faz o que gosta é mais feliz e sobre tudo mais produtiva, portanto a empresa ganha e a pessoa ganha.

Neste cenário, a tendência é que estes “novos métodos” sejam cada vez mais utilizados, claro que estes métodos por si só não podem dar a certeza do perfil de uma pessoa, é preciso lembrar que estamos falando de índice de previsibilidade, que já é bem mais confiável é melhor que uma simples impressão por meio de entrevistas e “achismos”.

Além de todos os ganhos em colocar a pessoa certa no lugar certo, ao tomar conhecimento de suas forças, o candidato pode desenvolver o auto-conhecimento para se aprimorar ou corrigir rumos. Infelizmente a maioria das empresas que aplicam estes métodos não dá o retorno do processo ao candidato, muitas vezes ele é reprovado no processo sem saber o motivo.

Ao retornar o resultado ao candidato é possível que ele reflita e busque aproveitar mais suas forças. Não acredito em mudança para aquilo que não se tem, ou seja, não podemos dizer que alguém vai “corrigir erros”, estamos falando de aptidão e não de vontade!! Em última análise podemos dizer que é possível fazer “um porco cantar”. A maioria das empresas acredita que sim, mas a principal pergunta é quanto custa e quanto tempo levará?

A aplicação de perfil comportamental busca justamente dar a resposta para a questão primordial que é a de utilizar o melhor que cada um tem para dar. Portanto, se a empresa precisa de um canário, ache o canário e aprimore o canário. É mais barato, produtivo e lucrativo

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