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Eu sou mais um no meio dessa multidao chamada babilonia visando compreender sempre os seres humanos com seus comportamentos imprevisiveis... QUERO TROCAR IDEIAS SOBRE ARTES, MUSICA, POSITIVISMO, FISICA ENERGETICA MUNDANA, ESPORTES E NATUREZA.

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ele promete atrair a fortuna



T. Harv Eker ganhou seu primeiro milhão de dólares em menos de três anos. Agora dá a receita de como ficar rico
Revista EXAME -
Dois fatores elucidam o sucesso do empresário americano Donald Trump, dono de um império imobiliário que se conta em bilhões de dólares. O mais óbvio é uma aguçada visão de negócios. O outro é menos evidente, porém mais importante -- sua maneira de pensar. Ao menos é isso o que propõe T. Harv Eker em Secrets of the Millionaire Mind ("Segredos da mente milionária", ainda sem tradução para o português). Eker usa a trajetória de Trump como exemplo para resumir o que pretende mostrar com seu livro: o jeito mais eficiente de se tornar milionário -- ou mesmo bilionário -- é aprender a pensar como um. "Quem pensa e age como os ricos produz os resultados que eles produzem", afirma o autor, que se manteve na lista dos mais vendidos da BusinessWeek, do New York Times, do Wall Street Journal e do USA Today em 2005.

A introdução é suficiente para mostrar que o livro é, sem dúvida, um manual de auto-ajuda financeira. E, como muitos textos do gênero, recheado de clichês. Eker gasta dezenas de páginas explicando que crescer ouvindo ditados populares como "Dinheiro não traz felicidade" pode criar aversão à riqueza. Ele também apela para a psicologia fácil quando diz que experiências familiares ruins com finanças podem ser a causa do fracasso financeiro de muitas pessoas. Mas há passagens interessantes, que mereceram uma resenha favorável, ainda que com ressalvas, da revista Newsweek. "Por mais que alguns conselhos pareçam simplórios demais, é difícil discordar dos resultados práticos que o autor apresenta." É o caso do trecho em que Eker relata as maneiras diversas de pensar de ricos e pobres.

Ele diz, por exemplo, que aqueles que têm dinheiro possuem uma maneira particular de encarar a remuneração. Os ricos, segundo o autor, procuram ter várias fontes de renda em vez de depender apenas de seu salário. Esse dinheiro extra pode ter duas origens. A primeira são os rendimentos de aplicações financeiras bem-feitas. Eker cita o caso de seu pai, que comprou um terreno por 60 000 dólares e o revendeu por 600 000 dez anos depois -- um lucro de 900% numa economia em que a inflação anual não passa dos 10% há mais de uma década. "Enquanto os pobres vêem 1 dólar como uma oportunidade de gastar hoje, os ricos vêem 1 dólar como uma oportunidade de investimento, algo que pode render 100 vezes mais."

A segunda origem dessa renda extra são as receitas vindas da abertura de negócios próprios. O tema é delicado no Brasil, onde estatísticas mostram que metade das empresas fecha as portas antes de completar dois anos. Eker não ignora o fato de que muitos negócios têm vida curta, mesmo nos Estados Unidos. Mas diz que a falência dessas empresas nada tem a ver com a falta de conhecimento gerencial dos donos ou com dificuldades econômicas -- fatores que são vistos como os principais riscos de qualquer novo negócio. Para o autor, o problema é que os empreendedores "pensam pequeno". Seu conselho: buscar inspiração nas histórias de pessoas extremamente ricas, como Bill Gates, Jack Welch ou John Rockefeller. "Use as histórias dessas pessoas para aprender suas estratégias de sucesso e, principalmente, para copiar seu modo de pensar", aconselha.

Para provar que a técnica funciona, Eker usa como exemplo sua experiência pessoal. Ele conta que, dos 20 até quase os 30 anos, abriu diversos negócios próprios, todos um fiasco. A sorte virou depois que resolveu colocar em prática os conselhos de um amigo milionário de seu pai. Foi esse amigo quem lhe disse ser necessário ter uma mente milionária para ganhar dinheiro. Sua primeira reação foi achar tudo aquilo uma grande bobagem. O problema é que, naquela época, a vida de Eker era um pesadelo financeiro. Desempregado, morava no porão da casa de seus pais, para onde havia se mudado pela terceira vez, pouco depois de ter fechado outro negócio malsucedido. "Como nada mais estava dando certo, resolvi tentar", diz.

Eker passou então a ler livros sobre psicologia, sucesso e dinheiro e, alguns meses depois, decidiu colocar o novo conhecimento em prática num novo negócio. Sua idéia era abrir uma loja de artigos esportivos. Tomou um empréstimo de 2 000 dólares no cartão de crédito -- algo impensável no Brasil. Dois anos e meio depois, vendeu o negócio por 1,6 milhão de dólares. Curiosamente, o autor não dá detalhes sobre essa transação milionária -- não menciona os produtos à venda, quem eram seus clientes, nem mesmo em que cidade instalou a loja. A omissão parece proposital, já que ele enfatiza que esse tipo de informação é secundária. Para o autor, o que define mesmo o sucesso da empreitada é a postura do empreendedor.

Depois de vender sua primeira empresa lucrativa, Eker decidiu abrir outros negócios, mas acabou se concentrando num único ramo: o de educação financeira, que mostrou ser a verdadeira mina de ouro de sua carreira. Hoje, faz fortuna ministrando cursos. São seminários que, geralmente, duram mais de um dia e custam 2 000 dólares ao participante. Para convencer os futuros alunos de que o gasto vale a pena, Eker apela: "Ganhei milhões e milhões de dólares usando exatamente os mesmos princípios que ensino". É um marketing convincente, que já atraiu mais de 250 000 pessoas. Todos os que participaram de seus seminários viraram milionários? Claro que não. A explicação do autor: "Alguns alunos não se desenvolvem".

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