


Em todos os âmbitos da sociedade ocorre atualmente uma crescente preocupação em relação à saúde do planeta, uma vez que ele é a casa de todos os seres que aqui vivem. Tal preocupação decorre do uso indiscriminado e irracional operado pelo homem dos recursos naturais não-renováveis e da aplicação desordenada de produtos poluentes.
Dentro desse contexto, o ecodesign surgiu como uma resposta que, através da formulação de novos conceitos ambientais, estimulasse a melhora da qualidade de vida e garantisse a sustentabilidade da Terra. Governos, ONGs, consumidores e profissionais devem, num esforço contínuo, estar atentos para que a consciência ambiental se estabeleça entre as pessoas como senso comum.
Os profissionais de Arquitetura, Design e Engenharia são os principais responsáveis neste processo, visto serem eles os projetistas e executores de produtos, edificações e cidades. Atualmente, é impossível se pensar na prática dessas atividades sem se levar em conta os princípios do ecodesign, tais como a redução do uso de recursos não-renováveis, utilização de materiais não-poluentes ou tóxicos e reaproveitamento e reciclagem de materiais.
A proposta é reduzir o impacto ambiental e respeitar, através de leis trabalhistas justas, os produtores, fornecedores e a mão-de-obra empregada. O empreendedor que almeja reconhecimento não pode estar alheio a essa visão, visto que o ecodesign constitui-se no sustentáculo de qualquer empresa, pois ele agrega não só valores financeiros, mas também os relacionados à responsabilidade social e ambiental.
É um engano acreditar que projetar um ambiente ecologicamente correto resume-se somente ao uso de fibras naturais. Atualmente, o mercado oferece uma imensa gama de produtos, desde tintas à base de água, vernizes, tecidos, ecoplacas para forros, persianas, além é claro, das madeiras certificadas e das próprias fibras naturais. Para ser considerado um ecoproduto, deve-se levar em conta o estado da matéria-prima, se é reciclada, renovável, atóxica, qual seu processo produtivo, se é poluente.
É legítimo, então, acreditar que o ecodesign será o design do futuro. Por meio dessa prática ecologicamente responsável, pode-se projetar espaços dotados com o mesmo status dos valores industriais tradicionais, sem perder faturamento, qualidade, estética, funcionalidade e imagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário